"Assim se fala da lâmpada como se poderia falar da luz que alumia os caminhos e que nos fascina: a luz de uma vela, tendo esta também um duplo sentido (o de alumiar e de aquecer). Mas o que nos fascinará tanto numa simples... vela?!
O seu lado romântico, que herdamos dos nossos antepassados oitocentistas? A cor vibrante e dilacerante que encerra? O perigo que existe ao acendê-la e torná-la chama? O simples derreter da cera em seu redor que cria montanhas e estalactites que, de forma natural, não podemos criar? O alumiar do nosso caminho? Uma forma de obter luz natural? Ó misticismo da vela...!!!!
Que vejo eu, tu e todos numa vela? É um fascínio. E a luz acessa... num quarto escuro... em noite cerrada... fala-nos de solidão. Remete-nos para o nosso passado de histórias encantadas. Transporta-nos para um outro mundo, o da imaginação e olhando lá bem do fundo ficamos à espera que o sonhador noturno (ou desesperado diurno) apague a luz e vá descansar num sono profundo. (...)"
"A chama de uma Vela", livro de Bachelard
Você aguenta ouvir a verdade?
Postado por
Samuka Justino
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