Quimeras...

A voz profunda do íntimo da alma

Você aguenta ouvir a verdade?

Num dia desses, ou numa noite dessas, você sai pela sua rua. Ou pela sua cidade, ou, sei lá, pela sua vida, quando, de repente, por detrás de uma árvore... apareço eu! Uma mistura de mendigo e primeiro astronauta a pôr os pés em Vênus. Meia melancia na cabeça, uma grossa meia sola em cada pé, as flores da camisa desenhadas à mão na própria pele e uma bandeirinha de táxi livre em cada mão.

hahahahahah você ri... ri porque só agora me viu. Mas sempre fui assim. Eu flerto com manequins das lojas, o semáforo da rua me abre três luzes celestes. E acho que as rosas da florista estão apaixonadas por mim, juro! Vem, vamos passear. E assim, meio dançando, quase voando eu te ofereço uma das bandeirinhas e digo: Já sei que já não sou, passei, passou. A lua nos espera nessa rua, é só tentar. E minhas partes astronauta, anjo e criança te chamam. Vem voar comigo. Já sei que já não sou, passei, passou. E te vendo assim com jeito triste eu te pergunto: O que lhe falta? Talvez chegar ao Sol? Pois então eu te levarei...

"ahahah Louco! Louco!" Foi o que me disseram quando contei que te amei... mas só eu naveguei na águas puras de teus olhos e com versos assim antigos tentei abrir teu coração. hahahah Louco! Como um acrobata demente saltarei dentro do abismo do teu beijo até sentir que me prendi em teu coração, e de tão livre chorarei.

Vem voar comigo! Entra na minha ilusão alucinada e veloz, vamos correr pelos telhados! hahaha Lá do meio da guerra nos aplaudem: "Viva, viva os loucos que inventam o amor!" E um anjo, um soldado e uma criança repetem uma ciranda que já quase esqueci...

Vem, eu te ofereço a multidão, rostos brilhando, sorrisos brincando. O que sou eu? sei lá, um... um tonto, um santo, ou um canto a meia voz. Nem sei quem sou, já sei que já não sou. Vem, abraça essa ternura de louco que há em mim! Sem mais angústias! Voar, enfim vooaaaaaaaarrr!!!

Convido-te a amar-me como sou, como passei, como passou. Esquece os outros, vamos fugir, buscar numa corrida louca o instante que passou em busca do que foi. Voar, enfim, voar!!!

hahaha Viva os loucos! Viva os loucos que inventaram o Amor...



* Traduzindo/adaptando/interpretando "balada Para Un Loco", música de Astor Piazzola e letra de Horacio Ferrer. Enfim, o que eu leio e escuto.

6 comentários:

há, se entendi bem.....gostei, gostei....e acho que todos nos sentimos como loucos, astrounautas, diferentes de todos quando estamos apaixonados ;)

Tá dando tapa na pantera meu filho?

Sem dúvida ficaria melhor em um formato de poesia. Entretanto, gostei. =)

Ah velho, enquanto eu lia achei q você que tinha escrito, não põe fonte não xD
Gostei do texto! Embora não tenha entendido uma coisa ou outra... =S

hahah CrociDB, é que eu definitivamente não sei escrever em versos hahaha aí eu fiquei com medo de machucar a poesia.. hehe

Rafael, realmente eu me sentiria orgulhoso se eu tivesse criado isso... hehe mas eu odiaria se algéum viesse aqui e roubasse algum texto meu... e outra, todo plágio se descobre :P hahah

Bom, o povo da minha geração conhece esta letra em português gravada por Moacyr Franco - é um lindo poema, impressionante mesmo! E a música do Piazzola é simplesmente especial - letra, musica e sentimentos desesperados se combinam e tem tudo a ver com nossos gritos do coração em muitas ocasiões.

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